
Com média de idade muito inferior que a da rival Argentina, os jogadores da Seleção Brasileira masculina de vôlei mostraram uma maturidade que chama atenção nos Jogos Pan-Americanos de 2015. Após uma derrota com muita catimba diante de Cuba, por 3 sets a 2, o time verde e amarelo sabia que precisaria ganhar de 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 se quisessem avançar diretamente à semifinal da competição. Não precisou de muito trabalho para isso. Comandados pelo técnico Rubinho, auxiliar de Bernardinho, a equipe fez um 3 a 0, com parciais de 29/27, 25/21 e 25/22.
O grande destaque da partida foi o gigante oposto Renan, de 2,17 m. Depois de um jogo abaixo da média contra os cubanos, o camisa 20 foi o ponto de desequilíbrio da Seleção, terminando como o maior pontuador da equipe no jogo. Com um saque muito bom e sem um jogo mais de pancadaria, como foi contra a seleção caribenha, os brasileiros tiveram mais facilidade para se impôr.
O técnico Rubinho já havia alertado, após a derrota para os cubanos, que o duelo seria mais técnico e foi o que aconteceu. Ralis mais longos e uma disputa muito mais tática do que física. O treinador também tinha alertado que o revés no último domingo serviria como evolução para seu jovem time. Também foi o que foi constatado na partida, principalmente pelo entrosamento melhor do levantador Murilo Radke e o oposto Renan. Com a passagem direta à semifinal, a Seleção Brasileira ganha um dia a mais de folga e poderá estudar com calma o adversário que irá pegar na próxima partida.
O duelo começou bastante disputado, com os argentinos chegando a começar melhor, principalmente graças à grande atuação do oposto Gonzalez. Maurício soube variar bem as bolas entre Renan e os ponteiros Douglas e Maurício Borges, colocando a equipe verde e amarela no jogo. A parcial seguia muito acirrada, com os argentinos sempre um ponto a frente até um bloqueio de Murilo e Maurício Silva passara a vantagem aos brasileiros. Rubinho, então, usou do talismã João Rafael, que já tinha levado o duelo contra Cuba para o tie-break, para acertar um ace e fazer 1 a 0.
No segundo set, os brasileiros encontraram mais facilidade, principalmente graças aos erros de ataque dos argentinos, que sentiram um pouco a pressão de sair atrás do marcador. Com isso, a parcial foi fechada em 25 a 21. A terceira parcial tinha tudo para ser a mais difícil, já que os argentinos ficaram à frente até o fim do set.
Quando tudo encaminhava para um quarto set, os brasileiros começaram uma reação impressionante com Maurício Silva no saque, com quatro pontos consecutivos e bloqueios precisos do meio de rede Otávio, os brasileiros viraram a partida e abriram vantagem, colocando três pontos de frente (23 a 20). Aí foi só administrar o placar e se colocar na semifinal do Pan. Resultado importante para uma equipe que chegou desacreditada por não vir com seus melhores jogadores para Toronto.
Do Terra