A empresária Taciana Ribeiro Coutinho, suspeita de matar o marido a tiros na fazenda Zumbi, em Sapé, foi indiciada por homicídio duplamente qualificado após conclusão do inquérito pela Polícia Civil, informou o delegado Luciano Ribeiro, superintendente regional da Polícia Civil em João Pessoa, nesta quinta-feira (21).
O inquérito foi protocolado no Fórum da Comarca de Sapé no dia 18 de maio e os autos entregue ao Ministério Público da Paraíba na quarta-feira (20). Conforme consulta processual no site do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), o processo corre em segredo de Justiça.
O advogado de defesa de Taciana foi procurado, mas as ligações não foram atendidas e as mensagens não foram respondidas até às 17h15 desta quinta-feira (21).
De acordo com Luciano, as investigações foram feitas pelo delegado Reinaldo Nóbrega, que, pelo resultado da perícia, entendeu que há indícios de que ela teria cometido o crime contra Helton Pessoa com os agravantes de motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.
O empresário Helton Pessoa foi morto a tiros no dia 10 de maio, na fazenda onde estava isolado com a família devido à pandemia de Covid-19. O corpo do empresário Helton Pessoa foi enterrado no dia seguinte no município de Arara, no Agreste paraibano.
Taciana foi presa preventivamente e interrogada pela Polícia Civil no mesmo dia do enterro da vítima. Durante depoimento, ela alegou legítima defesa para o crime. A prisão preventiva foi convertida em prisão domiciliar.
Durante o interrogatório, Taciana disse que o crime ocorreu após uma discussão entre o casal. Apesar de não apresentar ferimentos visíveis, a mulher foi submetida a exames de corpo de delito.
Como a prisão preventiva foi convertida em prisão domiciliar, depois do depoimento ela foi levada para um presídio, onde recebeu uma tornozeleira eletrônica. Em seguida, foi levada para a residência informada nos autos judiciais.
O advogado da família da vítima informou que foi notificado sobre o indiciamento e que a família lamenta o fato do processo correr em segredo de Justiça. “Não existe novidade quanto ao conteúdo do inquérito, o que nos deixa triste é a situação de segredo de Justiça, porque agora a população não vai poder ter acesso a informações à respeito do processo”, disse.
Do G1 Paraíba