O deputado federal Luiz Couto (PT-PB) entregou na manhã desta sexta-feira, 20, ao secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Cláudio Lima, o resultado de uma investigação paralela feita pela família do padre Pedro Gomes, assassinado na casa paroquial na noite de 23 de agosto. O parlamentar esteve acompanhado pela mãe, Creuza e pelos irmãos da vítima, Geraldo, Carlos, Luiz, Manoel, Cláudio e Gláucia. Couto ainda solicitou a designação de um delegado especial, além de um promotor de Justiça para acompanhar o caso.
As informações novas sobre o crime, obtidas pela família do sacerdote assassinado, apontam que a motivação do crime pode ter sido um empréstimo realizado por Pedro a pedido de uma pessoa próxima. Em contato com a família do religioso, ele nunca mencionou a transação financeira. Já à polícia, negou que tivesse solicitado os valores. Junto com a documentação relatando os motivos pelos quais os parentes acreditam que o homicídio não está elucidado, foram entregues a Cláudio Lima conversas do padre com a pessoa que lhe pedira o dinheiro, nas quais o religioso fazia cobranças a tentativa de reaver a quantia. “Eu quero é meu dinheiro”, se queixava o padre.
O secretário recebeu a documentação repassa por Luiz Couto e pelos familiares do padre morto e prometeu reunir a equipe responsável pelo caso para analisar os pontos conflitantes entre as informações levantadas pelos parentes de Pedro Gomes e a polícia civil.
“Nossa intenção é esclarecer o que houve, de fato. Fui procurado pela família do Padre Pedro e intermediei o contato deles com o secretário. Acredito que essa informação do empréstimo não quitado é fundamental para que saibamos como o crime aconteceu. É provável que a motivação real do assassinato ainda não tenha vindo à tona”, disse Couto.
O deputado petista também aproveitou a ocasião para cobrar do secretário Cláudio Lima a celeridade na conclusão do inquérito relativo ao assassinato do professor Carlos Henriques, ocorrido em 2015 em Cabedelo. Carlos foi morto em frente à Escola Estadual Imaculada Conceição, na cidade portuária, mas o bandido sequer levou seu telefone celular.
Rafael San com Assessoria