Morreu na manhã deste sábado (16), Elias Gleizer, aos 81 anos. A assessoria de imprensa da Rede Globo confirmou a informação e comunicou que o ator estava internado, desde o dia 06 de maio, no hospital Copa Dor, na zona sul do Rio de Janeiro. Ao longo da hospitalização, ele desenvolveu um quadro de falência circulatória devido a uma broncopneumonia.
Elias nasceu em 4 de janeiro de 1934, em São Paulo, filho de imigrantes judeus poloneses, de pai sapateiro e mãe dona de casa. O ator participou de mais de 50 de novelas, especiais e minisséries na televisão brasileira.
Bruno Gagliasso foi o primeiro famoso a lamentar a perda nas redes sociais. “Meu avô querido… Chegou a hora de descansar”, publicou ele no Instagram. Sonia Abrão também noticiou o fato. “Está confirmada a morte do ator Elias Gleizer, aos 81 anos. Estava internado no Hospital Copa D’Or, no Rio, desde 6 de maio, em função de um tombo, o que levou à falência circulatória e morte.”
Filho de judeus poloneses imigrantes, Elias nasceu em São Paulo com o nome Ilicz, porém, foi obrigado a trocá-lo diante da dificuldade de se pronunciar. O ator começou sua carreira artística logo cedo, aos 12 anos, tocando violino em uma orquestra juvenil, onde anos depois foi convidado a participar de uma peça de teatro. Após muitas pontas, um protagonista lhe rendeu, em 1956, o prêmio de melhor ator de um festival amador. Dali para a televisão, foi um pulo.
Em 1959, Gleizer estreava na TV Tupi em pequenas participações. Seu primeiro grande trabalho foi José do Egito, e a primeira novela veio em 1964, Se o Mar Contasse , de Ivani Ribeiro. Após 19 anos na emissora, na qual acumulou 20 personagens, Elias fez rápidas passagens pela TV Bandeirantes e pelo SBT, de 1980 a 1983, e estreou na Globo em 1984, em Livre para Voar , de Walther Negrão.
Na emissora carioca, contabilizou inúmeros papeis, como Jairo, em Tieta (1989); Tio Zé, de Sonho Meu (1993); Augusto de Explode Coração (1995); Vô Pepe, de Era Uma Vez (1998); padre Olavo, de Terra Nostra (1999); Cadore, de Caminho das Índias (2009); e Diógenes Santarém, de Passione (2010). Seu último personagem foi em Boogie Oogie (2014).
Apesar de declarar não ser fã das telonas, Gleizer marcou presença nos filmes Diabólico Herdeiro (1971) e Didi Quer Ser Criança (2004).