Com o objetivo de tornar a Paraíba o segundo maior estado produtor de cimento do país, a formação do Polo Cimenteiro do estado foi anunciada em 2014. Composto de seis fábricas, a meta era quadruplicar a produção de cimento de 2,5 milhões de toneladas para 10 milhões de toneladas por ano. Dois anos depois, duas fábricas ainda não foram construídas, deixando de investir R$ 1,2 bilhão na economia e de gerar mais de 2 mil empregos.
À época da formação do polo, duas fábricas já estavam em funcionamento, nas cidades de João Pessoa e Caaporã. Em 2014 a Elizabeth Cimentos instalou uma fábrica na cidade de Alhandra e em 2015 foi inaugurada a fábrica de cimentos do grupo Ricardo Brennand, na cidade de Pitimbu. Juntas, as duas fábricas geraram cerca de 2.650 empregos diretos e indiretos.
Entre as fábricas que ainda não foram instaladas está uma anunciada pelo grupo Votorantim Cimentos para ser construída na cidade de Caaporã. O projeto do grupo tem um investimento previsto de R$ 800 milhões, e com capacidade de produção de dois milhões de toneladas de cimento por ano. A unidade prevê empregar 1.300 pessoas na construção e cerca de 400 durante a operação, com priorização de mão de obra local.
Apesar do protocolo de intenções ter sido firmado em maio de 2014, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa, a definição do cronograma das obras ainda não foi feito, uma vez que o grupo está aguardando a emissão de uma licença ambiental. Em nota, o órgão também informa que as obras também só serão iniciadas após uma “análise detalhada do crescimento do mercado”. A empresa não informou qual o prazo em que isso vai acontecer.
A outra fábrica cuja obra não foi iniciada, é a da empresa InterCement, que previu um investimento de R$ 400 milhões para a instalação na cidade do Conde. Segundo a empresa, que não quis dar detalhes sobre o empreendimento, o motivo das obras no local não serem iniciadas se deve à crise financeira enfrentada pelo país.
Por meio de uma nota, a InterCement informou que mantém pretensões de continuar investindo na região. “No entanto, dado o momento mais desafiador do país, todo e qualquer projeto de expansão de cimento entrou em avaliação, dentro da estratégia de disciplina de alocação de capital e ajuste à demanda local”.
Do G1 Paraíba