O presidente da Federação Paraibana de Futebol, Amadeu Rodrigues, garantiu no final da tarde desta sexta-feira que a Paraíba vai ter mais uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro de 2016. Na última terça-feira, a CBF ampliou a competição ao adicionar oito novas vagas, mas contemplou apenas os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte e Pará.
A decisão gerou cobranças por partes de outras entidades do país, que reivindicaram pelo menos mais uma vaga para cada uma, o que teria provocado uma nova ampliação na competição nacional, que passaria a ter 64 clubes.
Amadeu credita a informação a Manoel Flores, diretor de competições da CBF, que teria telefonado ao dirigente paraibano.
– Não chegou nada oficialmente ainda, mas o diretor de competições confirmou a vaga. Agora, nós vamos nos articular com outros presidentes de federações para regionalizar a Série D, e assim, diminuir os custos para os clubes participantes – declarou o presidente da FPF.
A mudança, se confirmada, acontece apenas alguns dias depois da CBF ter publicado ofício aumentando a Série D de 40 para 48 clubes participantes, o que gerou toda a confusão.
A reportagem entrou em contato com Walter Feldman, secretário-geral da CBF. Ele disse que “realmente houve essa reclamação das federações” e que o caso estava em análise, mas preferiu não bater o martelo com relação à ampliação da quarta divisão.
Já o presidente da Federação Goiana de Futebol e diretor de Desenvolvimento e Projetos da CBF, André Pitta, a ampliação deve mesmo acontecer. Mas aumentando o campeonato apenas para 58 vagas.
– Vamos sim ter alguma coisa para mexer na proposta. Eu acredito que suba para 58 clubes. Nós estamos conversando, mas está caminhando – pontuou.
Reclamação da FPF e de outras federações
Mais cedo, Amadeu Rodrigues tinha enviado um ofício para a entidade máxima do futebol brasileiro criticando os critérios utilizados, que usou o Ranking Nacional de Federações para distribuir as vagas. Ele não foi o único presidente de federação estadual a reclamar.
Segundo Amadeu, a mudança da CBF beneficiava estados que já tinham participação massiva no Brasileirão e prejudicando algumas regiões do país.
– A distribuição das oito vagas foram feitas utilizando critérios técnicos que prejudicaram algumas agremiações do Norte e Nordeste. Isto era um absurdo – disse.