Insatisfeitos com o modo de governar da presidente Dilma Rousseff (PT) e com o ajuste fiscal que, segundo a organização, passa a conta do governo para o cidadão brasileiro, manifestantes foram às ruas das cidades de João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, protestar, pela terceira vez no ano, contra o governo e pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Vestidos com roupas verde e amarelo e carregando bandeiras e cartazes com palavras de ordem, os protestantes, em João Pessoa, começaram a chegar na Avenida Epitácio Pessoa, em frente ao Grupamento de Engenharia, local marcado para a concentração, por volta das 14h. Por volta das 15h saíram em direção ao Busto de Tamandaré no encontro entre as praias de Tambaú e Cabo Branco. A estimativa dos organizadores é de que 3 mil pessoas participaram dos protestos na Capital. Segundo a Polícia Militar, o público foi de 800 pessoas. A manifestação foi finalizada por volta das 18h.
Já em Campina Grande, a concentração foi marcada para a Praça da Bandeira, às 14h. Depois, seguiram pela rua Irineu Joffily até o monumento dos tropeiros da Borborema. A expectativa inicial dos organizadores era conseguir juntar em torno de 3 mil pessoas. Segundo a estimativa da PM, 350 pessoas estiveram no local. O protesto se encerrou às 17h, com os manifestantes cantando o hino nacional às margens do Açude Velho.
Os protestos aconteceram de forma pacífica nas duas cidades. Conforme a PM, apenas em Campina Grande houve um princípio de tumulto. Isso porque alguns defensores da intervenção militar começaram a distribuir panfletos, o que desagradou algumas pessoas que estavam na manifestação. A Polícia Militar interviu e controlou a confusão, que segundo a PM foi apenas verbal não chegando a alterar o caráter geral de tranquilidade do movimento.
Manifestações no país
Brasileiros foram às ruas neste domingo em todos os estados e no DF, em mais de 150 cidades, em protesto contra o governo da presidente Dilma. Grande parte dos manifestantes pedia a saída ou o impeachment e protestava contra a corrupção. Além disso, foram vistas faixas com referência à Operação Lava Jato e elogiando o juiz Sérgio Moro.
Ato pró-PT
Em contraponto aos atos contra Dilma, militantes, centrais sindicais e movimentos sociais fizeram um protesto em frente ao Instituto Lula, na Zona Sul de São Paulo. Vestidos com camisas vermelhas, manifestantes gritavam palavras de ordem: “Não vai ter golpe”, “o Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo” e “o povo na rua/ coxinha recua”. Eles foram recebidos com um churrasco.