Três instituições federais de ensino na Paraíba seguem em greve nesta segunda-feira (3), deixando cerca de 63 mil alunos sem aulas. A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) é a instituição com greve mais longa, chegando a 67 dias nesta segunda-feira. Além dela, a Universidade Federal de Campina Grande(UFCG) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) também estão com as atividades paradas.
Os professores da UFCG aderiram ao movimento no dia 25 de junho, já os da IFPBparalisaram as atividades no dia 14 de julho.
A greve da UFPB é a que atinge o maior número de alunos, cerca de 38 mil estudantes. De acordo com a a assessoria da Associação dos Docentes (AdufPB), a adesão dos professores à greve é de 100%. A pauta da paralisação é a campanha salarial, em conjunto com os demais servidores públicos federais do Poder Executivo e questões de caráter mais específico, especialmente relativas a benefícios, verbas, carreira e condições de trabalho. Em relação ao salário, a categoria pede um reajuste de 27,3% e o governo ofereceu um aumento de 21% dividido em quatro anos, o que foi rejeitado pela categoria. Por conta dos impasses na negociação, a assessoria da AdufPB afirma que não há previsão para o fim da greve.
Já na UFCG, a greve chega a 40 dias, começando no dia 25 de junho. Aproximadamente 17 mil alunos estão sem aulas por conta da paralisação. De acordo com a AdufCG, as principais reinvindicações são reestruturação da carreira docente, melhores condições de trabalho e valorização salarial para ativos e aposentados, que é a mesma bandeira das outras categorias de servidores federais, que pedem um reajuste linear de 27,3%, o que foi negado pelo governo. O comando da greve diz que não há previsão para o término da greve.
A outra instituição federal de ensino em greve na Paraíba é o IFPB. A paralisação começou no dia 14 de julho, contabilizando 21 dias. De acordo com a professora Conceição Cordeiro, coordenadora geral do Sintef-PB, aproximadamente 8 mil alunos estão sem aula e a adesão dos funcionários foi geral, obedecendo apenas o mínimo de 30% do pessoal previsto na legislação. As reivindicações vão desde ao reajuste salarial a melhorias de estrutura. Assim como a UFPB e a UFCG, ainda não tem previsão o fim da greve.
Do G1 Paraíba