Sem problemas para desempenhar seu papel de time grande, o Fluminense derrotou o Boavista por 3 a 0, neste domingo, em Los Larios, e assumiu a terceira colocação na Taça Guanabara. A equipe treinada pelo técnico Levir Culpi, que contou com gols de Osvaldo, Cícero — que chegou a 150 na carreira — e Luiz Alberto (contra), abriu 2 a 0 no começo da partida e depois administrou, praticamente sem correr riscos. Foi o sétimo jogo consecutivo de invencibilidade do tricolor, que foi derrotado pela última vez há um mês, pelo Botafogo, por 2 a 0, ainda pela primeira fase do Campeonato Carioca.
O Fluminense começou o jogo confiante, com intensa movimentação e busca pelo ataque. O Boavista, melhor pequeno da primeira fase do Estadual, não se encolheu, indo à frente com muitos jogadores. Em uma de suas primeiras subidas, o Flu recuperou a bola e Gérson, rápido, lançou Osvaldo pela esquerda. O atacante correu com a bola e chutou de canhota para a falha do goleiro Vinícius: 1 a 0.
O time da Região dos Lagos não sentiu o gol e continuou seu jogo, sem afobação, enquanto o Flu tocava bem a bola. Aos 12, nova investida pela esquerda, nova falha da defesa, gol: Wellington Silva cruzou e o veterano Luiz Alberto tocou para dentro do gol de Vinícius.
Com 2 a 0 no placar, o Fluminense ainda manteve a intensidade até por volta dos 30 minutos do primeiro tempo. O Boavista seguia tentando, com a qualidade dos atacantes Reinaldo (atuando como meia) e Leandrão, mas os zagueiros Gum e Henrique, além do volante Pierre, mantinham a área tricolor segura, a ponto de o goleiro Diego Cavalieri não ter sido obrigado a fazer nenhuma defesa difícil. O tricolor tirou o pé do acelerador e controlou o jogo, com eventuais chegadas de perigo ao ataque, até o intervalo.
O segundo tempo começou da mesma forma: o Boavista tentava pressionar mas era neutralizado pela boa marcação tricolor (além de suas próprias limitações), e o Fluminense, seguro, ia ao ataque com muitos jogadores, com um revezamento interessante que incluía os volantes Pierre e Cícero.
Boa entrada de Douglas
O placar de 2 a 0, no entanto, produziu um certo relaxamento no time, que o técnico Levir Culpi tentou reduzir com a troca de Fred por Magno Alves, aos 15 minutos. A entrada do veterano atacante não incendiou o time, que começou a correr perigo, com a insistência do Boavista. Levir percebeu isso e trocou Gérson por Douglas, adiantando Cícero, na tentativa de manter a bola no ataque.
Deu certo: a entrada do volante deu dinâmica e ânimo ao Flu, que voltou a atacar, tendo chances com Cícero, de cabeça, e num bom chute de fora da área de Gustavo Scarpa. Mais do que isso, ficou com a bola, anulando o ânimo que restava ao já cansado Boavista. Foi assim que chegou ao terceiro gol, em jogada de Wellington Silva, Marcos Júnior e Scarpa, concluída por Cícero, aos 39.
Do O Globo